Hoje passei quase o tempo de duração de uma live inteira debatendo com o convidado os temas que serão apresentados no “2 taças com a Ivy” de amanhã.

Pauta e roteiro definidos, só ficou faltando escolher a canção que eu cantaria para fechar o programa.

Você poderia chamar de suposta sincronicidade, sacanagem do universo ou até de pilhéria se eu te contasse que, depois de tanto tempo e superação, abri minha biblioteca de músicas do celular e fui direto para “de Tanto Amor”, música consolidada na voz de Roberto Carlos (que posso apostar que não é seu ídolo), mas para mim consagrada na de Nando Reis (que também pelo que depreendi não é da sua praia). Mas a música é minha, não sua.

Já na primeira estrofe molhei a fronha do travesseiro. Sem razão, talvez hormônios e sentimentalismo de ferida que teima em cicatrizar.

Não vim aqui me despedir. Creio que nunca nos despediremos e talvez daí o tal gozo – me aguenta! Você não vai ter que ouvir, nem ao menos ler as últimas palavras desse nosso amor, porque nem amor existe mais – já existiu? É verdade que me perdi de tanto amor (?) e enlouqueci. Que ninguém podia amar assim e eu amei. Mas será que amei? Será que errei?

É provável que eu nunca vá te olhar mais uma vez, sequer haverá adeus. Apenas o castigo ou a intriga do seu enigmático silêncio, que apesar de tudo diz tanto.

Vou chorar mais umas tantas vezes, mesmo sem olhar nos olhos seus.
Não creio que seja de saudade…
Tampouco que eu deseje te ver passar. Uma vida é muito tempo só para esperar, à toa, à toa.

Não prometo que nada vou dizer… Mas vou procurar aprender a me perdoar se eu chorar.

Por Ivy Cassa