
Este não é um texto sobre política nem uma ode ao nosso ex Ministro da Saúde.
Procurando resgatar livros que eu havia comprado nos últimos tempos e deixei inertes, caiu-me bem ter finalizado nesta noite “Um paciente chamado Brasil”, de Luiz Henrique #Mandetta. @henriquemandetta
O livro é uma especie de diário sobre os bastidores da #COVID no Brasil logo no início da #pandemia.
Chamou minha atenção a análise psicológica que ele faz do presidente diante da crise, passando por busca pela ajuda, pela segunda opinião, pela crença em outro veredito, pela busca de outros médicos, pela raiva de tudo e todos, pela fé, busca por um milagre e culminando na reflexão – essa última parte me deixou confusa.
Mandetta mistura de maneira interessante o mito da caverna de #Platão, destacando aqueles que só enxergam as sombras projetadas no interior da caverna e o comportamento ignorante de quem acha que sabe tudo mas só enxerga sombras.
Guardaremos para os livros do futuro a lembrança da época em que um maluco colocou de milhares de vida em risco com palavras que iam do #gripezinha ao #resfriadinho.
Chocou-me ler que esse mesmo senhor presidente teria dito em um encontro de aglomeração que “agora sim está tudo contaminado” e, pior, “quem tivesse que morrer já iria morrer mesmo, não valia a pena parar tudo por causa disso” – se referindo aos idosos.
É difícil não entrar no debate político mesmo tendo jurado para mim mesma que meu blog não se prestaria a essa finalidade. Mas é um desafio ainda maior ficar calada.
O livro é da Editora Objetiva @editora_objetiva e está à venda na @amazon Aproveitem o @kindle É viciante.