Disseram que hoje (ontem, já passou da meia noite) é o dia da dança. Não sabia. Foi um dia normal em que minhas maiores emoções foram entregar um parecer jurídico e ir ao supermercado me sentindo como quem se prepara pra entrar num apiário. Acendi fogos de artifício internos pra celebrar os rolos de papel higiênico, as luvas e a alface que estavam disponíveis.
Mas se hoje / ontem é dia da dança, eu fiquei com saudade de dançar. Ai, Pedro! Ficaria feliz demais se te visse por aqui, como se nada tivesse acontecido.
Acho que não precisava reforçar porque creio que meus seguidores me conhecem um pouquinho, mas não é demais frisar: quando escrevo sobre o Pedro não é pra ganhar likes nem pra me vitimizar. Não sou. Nunca me coloquei assim, nem ele. E parem de fazer perguntas tontas como “vc elaborou o luto?” Eu te respondo: “vc calçou meus sapatos?”
Minha vida continuou, de outro jeito, mas andou. Teve dia que até desgovernou. Triste, mas com gotinhas de felicidade. Não é pra ter pena! Neste vídeo, brindo vocês com uma dança alegre, que já tem mais de 10 anos. Recordem de um Pedro alegre e dançarino. Que fomos felizes enquanto foi possível e hoje vivemos em mundos separados.
Ah! Preciso confessar. Como nunca fui propriamente uma “dançarina”, dei uma cotovelada no lábio superior dele poucos dias antes do casamento, enquanto treinávamos a coreografia. Foram uns bons pares de pontos. E mesmo assim ele aceitou casar comigo. 🙏🏻☺️
Por #tbts mais dançados, que já tem muita gente que “dançou” sem volta, e nós, privilegiados, cada de um jeito, ainda estamos aqui na expectativa de dias normais.
Ivy Cassa